quinta-feira, 30 de junho de 2011

MICHAEL com soluço :)


Michael Jackson deixava uma mensagem aos fãs quando pede desculpas por estar com soluços.

Frases ditas por Michael Jackson 3




"EM UM MUNDO EM DESESPERO...É PRECISO TER A OUSADIA DE SONHAR!"(MICHAEL JACKSON)

Michael na Irlanda

Em uma entrevista recente, Paddy Dunning falou sobre como se tornou um grande amigo do músico solitário, dizendo que Michael Jackson apreciou o anonimato que a estadia em Westmeath proporcionou a ele e à sua família:
No ano após o julgamento Michael decidiu que seria hora de ficar por algum tempo fora dos Estados Unidos,  e um dos lugares escolhidos para que ele pudesse viver no anonimato ( o tanto quanto era possível se tratando de Michael Jackson ) com os seus filhos foi uma  linda cidadezinha na Irlanda.
A propriedade (chamada de Grouse Lodge) é isolada  localizada a uma hora de Dublin, na zona rural do condado de Westmath, o acesso à residência é feito por estradas sinuosas, esburacadas e cheias de cascalho, fica bem perto da vila de Rosemount . No ano de 2002 foi convertida em um estúdio de gravação residencial em 2002 pelos então  proprietários  Paddy e Claire Dunning. 
A história do sr. Paddy também e bem interessante, visto que ele começou como lixeiro em Dublin e chegou a ser um dos fundadores do bairro.
Quem primeiro visitou a propriedade foi a ex babá das crianças Grace Rwaramba, ela a princípio não disse aos proprietários quem seria o seu "patrão" o real interessado em morar alí. Grace gostou muito do que viu por lá, então sugeriu a Michael que viessem para conhecer o lugar. 

Neste lugar Michael pôde desfrutar de momentos e coisas simples que normalmente não faziam parte do seu cotidiano, como por exemplo poder se alimentar de frutas e hortaliças cultivadas em seu próprio jardim.

Segundo relato de Paddy, o proprietário da casa que põde conviver por alguns momentos com Michael e seus filhos:
Jackson jogava bola com os filhos, levantava-se cedo e fazia café da manhã para eles, geralmente era mingau, cereal e frutas. A vida de Jackson parecia ser o mais normal possível.
Ele foi questionado se Jackson dirigia seus carro, ao que parece, as vezes dirigia, até um celular ele teve antes de perdê-lo um dia depois. 

A casa é muito bem decorada, como não poderia deixar de ser, Michael sempre se cercou de lugares bonitos, adorava decorar e abaixo podemos ver alguns detalhes deste lugar que por algum tempo foi o lar do Michael e seus filhos.

Quarto vivo do Studio One é bastante impressionante, e contém dois pianos, um muro de pedra  e uma cabine vocal.  "Quando concebemos o espaço a intenção era criar uma sala fantástica com uma grande variedade de áudio" diz o dono do estúdio Paddy Dunning.
Os que residem em Grouse Lodge vão descobrir que o local não têm apenas um excelente equipamento de gravação - realmente não há muito o que fazer no seu "tempo ocioso", mas as instalações da casa incluem uma piscina coberta de 15 metros, jacuzzi, ginásio, sauna e mesa de ping pong. Se vc é um tipo mais ao ar livre, você pode entrar em aulas de equitação, corridas de Cross Country de moto, tiro com arco e pesca.
A peça central do estúdio um é uma mesa de Neve VR60: “ Os produtores em geral dizem que esta é uma das melhores mesas de som” diz claramente  Ken do coordenador do estúdio. Acima na parede você verá um jogo de monitores de Dynaudio M4S. “Este sistema fantástico"
O estúdio dois é o menor mas também com equipamentos de ótima qualidade.
“É usado geralmente para muitas faixas ou pré trabalho ainda não terminados  da produção e da escrita. Mas nós estamos trabalhando em mudar o estúdio e assim que nós podemos trabalhar em mais projetos aqui,” diz Ken Waters.
Banheiro de uma das suítes - decorado com louças no estilo Art Decô e com pisos e paredes em mármore italiano. Detalhe para as grandes janelas com vista para o campo.
Sala de Jantar - as áreas comuns, são em amarelo, e estas cores foram utilizadas na intenção de 'aquecer' os ambientes, por que o clima na Irlanda é de um frio severo
Sala de lareira
Suíte Master
Suíte para uma menina - A maioria das camas possui o 'dossel' queé essa estutura alta e encortinada. Esse modelo de cama é típico da região é utilizada para preservar mais calor no inverno.
Os artistas que gravam no alojamento do galo silvestre são convidados a deixar mensagens nos registros que são colocados na cozinha, e os recados sugerem que a maioria delas apreciem sua estada. “Todos que gravam deixam aqui uma energia tão positiva e eu não penso que este é o principal motivo de estarmos aqui” diz o proprietário.
Sobre seus passeios na Irlanda:

Michael Jackson Foi visto em Dalkey, Irlanda

Segundo um jornal irlandês, Michael Jackson foi visto em Dalkey. As pessoas que viram o Rei do Pop ficaram impressionadas. Jackson cumprimentou todos com um "olá", e logo depois se dirigiu ao cinema de Dundrum, o mesmo onde ele havia estado quando assistiu o filme "Piratas do Caribe 2". Dalkey é uma cidade próxima a Dun Laoghaire, onde foi visto pela última vez em uma livraria. Ao redor da localidade, encontram-se várias propriedades de famosos, tais como Enya, Cher, Brad Pitt e etc.

Jackson Visitou livraria na Irlanda

No dia 2 de setembro de 2006, Michael Jackson e seus três filhos visitaram a livraria, Hughes & Hughes, localizada em Dublin, na Irlanda.
Bert Wright, proprietário da livraria, concedeu uma pequena entrevista para uma rádio local, a "The Turbridy Show". Onde revelou que havia recebido um telefonema na quinta-feira à tarde do assistente pessoal de um artista, que por sinal queria que a livraria ficasse fechada durante sua visita na mesma. Na tentativa de preservar a identidade do cliente anônimo, o assistente não disse quem seria o visitante, só seria dito, quando o proprietário da loja o visse pessoalmente.
Contudo, houve um imprevisto, e a visita acabou sendo adiada para o sábado. A livraria contém uma bela seção para crianças, com direito a brinquedos e outras diversões. De antemão, Wright admitiu ter imaginado quem seria seu cliente exclusivo, ele pensou que poderia ser Michael Jackson, devido aos relatórios recentes sobre os rumores que o cantor estaria em estadia na Irlanda.
Durante a visita inusitada, apenas o próprio Wright e sua assistente, Janice, permaneceram na loja. Wright disse que ele foi o cliente perfeito, sabia o que queria, não reclamou e nem fizeram muitas perguntas. Jackson procurou inúmeros livros, dentre eles, sobre cinema e música, um deles, foi um livro com as letras das músicas dos Beatles.
Wright descreveu as crianças como encantadoras e interativas. Praticamente rodaram toda a seção infantil, sempre mostrando seus achados ao pai, dizendo, "Papai, veja este livro", "papai, dê uma olhada nisto, veja este livro sobre fadas! Papai olhe isto!". Paris procurava por livros de contos de fadas, já Prince, queria as estórias cômicas de "Beano". Ambas as crianças, encontravam-se sem as máscaras, e trajavam roupas esportivas.
O proprietário da loja não teve um contato aproximado com Jackson, à única vez foi quando Wright presenteou o cantor com um livro sobre a Irlanda. Ele disse que Jackson foi super gracioso e gentil, ao receber o presente. Wright adicionou que o cantor estava pálido, mas não estranho como dizem e parecia saudável, e trajava com a famosa fedora. "Oh Meu Deus, isto é encantador, obrigado! Você é bom, você é gracioso, obrigado!", disse Jackson a Wright.
A experiência foi além de maravilhosa.
A hospitalidade segundo ..(?).
A comida deliciosa.
Amor e, graças
A Família Jackson
Paddy Dunning diz que ele e Michael Jackson se tornaram amigos durante a sua permanência: "Michael, na verdade passou a maior parte do seu tempo de gravação no Estúdio Dois. Ele realmente parecia gostar do som da sala ", diz ele.
"O que foi surpreendente para mim foi descobrir o quão incrível Michael estava em tocar algum instrumento. Ele sentava-se ao piano e tocar todas as músicas dos Beatles para nós todos a cantar junto, ou ficar na bateria, ou tocar guitarra. Michael estava trabalhando com pessoas como Rodney Jerkins, Will.i.am e outros músicos, mas as faixas que ele gravou nunca foram concluídas. "
Ken Waters acrescenta: "Nós ainda temos um dos teclados antigos do Michael aqui. É um teclado Casio mais velho que eu, na verdade quase joguei fora por acidente. Acho que ele usou para idéias ou como um controlador MIDI".
Imaginem que cenário surreal: o friozinho da Irlanda, uma lareira e Michael tocando uma linda música no piano"...**

Sangue, Dança e Michael Jackson

Depois do começo dos anos 80, Michael Jackson fez-nos perder a paciência por diversas vezes, espaçando por muitos anos o intervalo entre os lançamentos de seus novos discos. Isso, no entanto, é uma de suas marcas – é o que difere sua música e sua arte da de outros artistas, pois a gravação, produção e mixagem de suas canções é um processo muito bem cuidado.
                                  

Cada vez que escutamos uma de suas canções ouvimos um novo detalhe e descobrimos uma nova canção dentro da mesma. A música de Michael Jackson é como vinho precioso, ficando cada vez melhor com o passar dos anos. Mas nada é imutável no mundo do Rei do Pop, e em 1997 ele nos surpreendeu com o lançamento de Blood On The Dance Floor para promover a segunda parte da HIStory Tour, quase 2 anos após o duplo HIStory.
Mas nada foi feito de supetão. Blood On The Dance Floor estava em preparação, mas cercado de grande segredo, desde o mês de novembro de 1996. No entanto, nenhuma das canções inéditas é realmente nova. Para seus discos, Michael Jackson grava dezenas e dezenas de canções – ficamos sem conhecer muitas delas, é bem verdade. A escolha final é somente dele, e dela fazem parte as canções que ele acha que realmente “merecem” entrar no álbum – o Rei do Pop é notavelmente perfeccionista e diz que “não faz lados B”, sendo que todas as faixas que ele coloca em um álbum são dignas de serem lançadas no formato compacto, isto é, single.
Em Blood On The Dance Floor foram usadas canções previamente gravadas e que não haviam sido escolhidas para entrar nos álbuns para que haviam sido destinadas.
Eis uma declaração datada de 1998 de Teddy Riley, que compôs e produziu a canção “Blood On The Dance Floor” com Michael Jackson para o álbum Dangerous: “Me surpreendeu o fato de Michael não ter me chamado para retrabalharmos a canção “Blood On The Dance Floor”. Ele se utilizou de uma gravação que fizemos há 5 ou 6 anos. Ele deveria ter me chamado para gravarmos novamente, para dar uma ‘limpada’ no som. Eu acho que ela ficou um pouco velha…”.
Sabe-se, no entanto, que Michael deu essa “limpada” na música, pois a partir de janeiro de 1997, ao fim da primeira parte da HIStory Tour, ele começou a trabalhar em um estúdio de Los Angeles. Em companhia de dois engenheiros de som, Eddie DeLena – com quem já havia trabalhado em HIStory – e Andrew Scheps, ele regravou algumas partes e as remixou.
Esse estúdio era o Record Plant, onde jamais havia gravado. Diante de um console de 96 pistas (Solid State Logic 8000 G), ele foi retalhando e remontando diversas canções. Entre elas, “Blood On The Dance Floor”, “Morphine” – regravada a partir de uma versão demo feita para o álbum HIStory – e “In The Back” – que se mantém inédita até hoje, pois acabou não entrando no álbum, apesar de ter sido anunciada na primeira tracklistdivulgada pela Sony Music. Para melhorar ainda mais a qualidade do som, ele retrabalhou as canções no Mountain Studios de Montreux, na Suíça, fazendo a mixagem final.
É fato que “Superfly Sister”, presente em Blood On The Dance Floor, foi gravada paraDangerous. Bryan Loren, que compôs a música junto com Michael Jackson, fez as seguintes declarações em uma entrevista dada à revista Black and White em outubro de 1998: “Nós trabalhamos em cerca de 20 a 25 canções para Dangerous. Apesar de eu não ter sido incluído no álbum, posso dizer que minha influência é presente. Todas as canções que figuram no disco lembram o som das que fizemos juntos. “Superfly Siter” é uma delas. No entanto, ela não foi a primeira escolha de Michael. Ele, na verdade, queria incluir em Blood On The Dance Floor uma canção que havíamos criado chamada “Seven Digits”, mas ela não havia sido gravada. Michael me chamou e eu comecei a trabalhar na instrumentação, mas abandonamos o projeto pois Michael não teria tempo para a gravação”.
Outra canção que já estava pronta é “Is It Scary”, composta para a trilha do filme A Família Addams 2 e não encaixada em HIStory pelo fato de “não combinar” com o estilo das outras canções presentes no álbum. Devido a desentendimentos entre Michael Jackson e a produção do filme, ele decidiu não mais participar de sua trilha sonora – e a produção deve ter se ressentido desse fato, já que há uma pequena brincadeirinha de mau gosto com o Rei do Pop durante o filme.
Quanto a “Ghosts”, o que se sabe é que o filme estava pronto pela metade em 1993, mas foi abandonado após o escândalo mundial que foi o caso Jordan Chandler. A canção homônima foi então gravada para o álbum HIStory, mas acabou não sendo incluída na seleção final das faixas.
Uma outra informação curiosa é que algumas das canções inéditas de Blood On The Dance Floor foram censuradas em alguns países ou realmente se mantêm inéditas até hoje, pois foram cortadas do CD. No norte da África e em outros países de cultura islâmica do Oriente Médio, Michael teve sua arte censurada.
“Blood On The Dance Floor” foi rebatizada para simplesmente “On The Dance Floor”, pois a palavra “blood”, sangue, em português, é considerada blasfematória pelos islâmicos. A expressão “out to kill” foi substituída por “how does it feel” através de uma montagem, pois foi entendida como uma apologia à violência. No refrão, uma outra expressão problema: “look who took you under”. O fato de uma mulher persuadir um homem não é uma idéia aceita nesses países, e a frase foi substituída por “Susie got your number”. As montagens foram suficientemente bem-feitas, como já seria de se esperar quando se refere ao Rei do Pop, e as mudanças na cadência da música são quase imperceptíveis.
“Ghosts” ainda teve seu nome mudado para “Ghost of Jealousy” para evitar uma confusão e que se acusasse que o título faria uma alusão ao sobrenatural. A expressão “put a knife in my back, shot an arrow in me” foi retirada por inteiro. Por sorte, “Is It Scary” escapou ilesa dos órgãos de censura.
Mas “Morphine” recebeu um tratamento de choque – ela se mantém inédita no mundo árabe, pois foi excluída da prensagem dos discos existente nesses países pelo fato de uma canção que fala sobre drogas não ser aceita. Em outros países do oriente, ela foi renomeada para “Just Say No”, que é o slogan da campanha contra as drogas em vários países orientais. E “Superfly Sister” não poderia deixar de ser revirada, e foi retalhada em pedacinhos. Toda e qualquer alusão explícita à sexualidade foi suprimida.
Sobre os remixes, Michael nos deixou uma pequena palavrinha em uma entrevista exclusiva ao pessoal da revista Black and White em abril de 1998: “O que posso dizer é que eu não gosto deles. Eu não aprecio o fato de alguém mexer na minha canção e transformá-la em uma coisa completamente diferente. Mas a Sony fala que os jovens amam os remixes…”.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Butterflies


(Na foto, Marsha Ambrosius, cantora, compositora e produtora, com Michael no primeiro dia de gravação de Butterflies)
Estou nervosa. Animada, mas muito nervosa! É uma tarde suave em Nova York e eu estou andando em direção ao estúdio Hit Factory para conhecer Mr. Michael Jackson. Hoje, seria o primeiro dia de gravação de seus vocais em uma música que eu escrevi. Uma música chamada Butterflies. Em meio aos pedestres e o barulho do trânsito. Nenhum som, por mais barulhento que fosse, poderia interromper a minha voz interior gritando “Calma! Você merece isso! Você vale isso!!!”.
Eu entrei pelas portas envidraçadas em frente à recepção. Me pediram para dar meu nome completo e solicitaram também a minha carteira de identidade. Como esperado, era eu! Um porteiro me levou até o elevador e fui escoltada até seu andar. “Michael Jackson & Friends” era o que estava escrito em um pedaço de papel branco A4, colado na porta. Fui levada para dentro.
Meu coração está literalmente batendo forte no meu peito e eu dei dois suspiros que chegavam perto de um ataque de pânico! Tudo o que eu lembro é o som de um piano de cauda tocando em uma escala harmônica, alguém cantando…
Era ele. O Rei do Pop! O maior artista de todos os tempos. Da sala, ele sorriu para mim e fez o sinal de “paz-e-amor”. Ele continuou aquecendo a sua voz, enquanto eu estava quase apavorada, e, em seguida, se encaminhou até mim. Ele disse o meu nome e me deu um abraço acolhedor. “Obrigado”, Michael falou.
Não, Michael! Obrigada VOCÊ!!!!!!!!!
Eu aprendi muito com Michael Jackson. Ter a oportunidade de ser tanto observadora como escritora/produtora vocal foi algo incrível demais para descrever. Observei suas técnicas de respiração, as escalas vocais que ele repetia tantas e tantas vezes antes mesmo de pisar na cabine de gravação do estúdio durante todos os dias que nós gravamos. Michael estava perfeito! Ele era tão determinado! Ele deu tudo de si.
Esta é a coisa que mais me inspira à respeito dele. Ele se importava muito por tudo e todos. Ele deu tudo de si em tudo o que fez. Seu legado foi deixado para o nosso estudo. É uma prova de quão grande ele era e sempre será.
Eu escrevi “I Want You To Stay” para Michael Jackson, algumas semanas antes de ele falecer. Eu estava indo para Londres na semana anterior do início dos shows. Poucas semanas antes da turnê, eu voei para Londres e durante a minha permanência, escrevi a música na casa da minha mãe, em seu piano.
Eu fiz uma versão de estúdio que estará no Late Nights & Early Mornings (o mais novo CD de Marsha*- a influência de Michael Jackson pode ser vista e ouvida não apenas nas músicas que eu faço, mas na maior parte dos artistas. Eu não posso ajudá-la! (I Can’t Help It – música de Michael do CD Off The Wall, usada aqui, com duplo sentido pela autora)Sem trocadilho. Por que não lutar pela grandeza?

Fiona Cummins e MICHAEL JACKSON



Ainda me lembro de cada detalhe sobre a primeira vez que conheci Michael Jackson.
O cheiro de lavanda de sua pele, sua voz macia, o jeito que ele me abraçou espontaneamente, embora nunca tivesse me conhecido antes.
Enquanto me sento na minha mesa em casa e escrevo estas palavras, mal posso acreditar. O Rei do Pop está morto.
Jackson sofreu um ataque cardíaco fulminante em sua casa em Los Angeles, mas morreu quando chegou ao hospital. Ele tinha apenas 50 anos.
Numa ironia do destino, uma vida retirada antes que ele tivesse a chance de fazer sua tão esperada volta por cima e provar ao mundo que ele ainda era o Rei do Pop.
Ele era um enigma, Michael Jackson. Nunca conseguiu livrar-se das acusações de abuso infantil, embora tenha protestado veementemente sua inocência, mas um dos maiores artistas de todos os tempos.
Nós nos conhecemos no Harrods três anos atrás, quando ele foi visitar seu velho amigo Mohammed Al Fayed, e concordou em me conceder uma entrevista.
Eu conheci um monte de celebridades ao longo dos anos, mas nenhuma delas gostava muito do status lendário de Jacko, provavelmente o homem mais famoso do mundo.
Excepcionalmente, eu estava muito nervosa e não completamente certa sobre o que esperar. Eu tinha lido histórias sobre como suas cirurgias plásticas deram errado, sobre sua obsessão com máscaras, a síndrome de Peter Pan de um menino preso em corpo de um homem, então foi uma surpresa ser recebida com um aperto de mão surpreendentemente firme e um sorriso agradável.
Na verdade, ele usava apenas um vestígio de maquiagem e esbanjava simpatia, atirando os braços musculosos em volta de mim em um abraço de boas-vindas.
Nós conversamos por alguns minutos e ele estava atento, interessado e interessante.
Eu sabia, desde então, que quando ele finalmente voltasse ao palco, seria para dar o show de toda uma vida.
Michael nunca teve medo do trabalho duro e, quando ele começava algum projeto, dava tudo de si.
Os detalhes completos da sua morte sairão no momento oportuno, mas sabendo o que sei sobre esse homem, temo que ele tenha colocado seu corpo através de um sistema de punição e não havia nenhuma maneira que pudesse lidar com a tensão.
Ele não fez as coisas pela metade, você vê. Ele queria provar que ainda podia cantar e dançar como há 25 anos atrás.
Mas agora ele nunca vai fazer o retorno triunfante aos dias de glória que todos estávamos esperando.
O mundo perdeu uma de suas estrelas mais brilhantes, a família Jackson perdeu o seu filho mais famoso e três crianças perderam o pai.

A Arte Quer Fazer Amor com Você

Nos (bons) tempos do rebolado de Elvis, a música branca descobriu que precisava se casar com a música negra. Nascia o bom e velho rock’n roll que, diziam, devia ser feito com uma mão branca e uma negra. A mão negra trazia, com seu ritmo, a sexualidade para dentro da música. A mão branca parece que ainda não se sabe bem ao certo o que acrescentou, além dos rostinhos que a mídia preferia ver, mas, bem, isto é outra história.
Hoje, vamos falar de sexo.
O que aconteceu conosco nas últimas décadas? Certamente, mudamos muito, pois, partindo do medo da música e da dança venenosa dos negros, chegamos ao ponto em que a música nem interessa mais face ao sexo. Ela é só a embalagem da sensualidade. Maior símbolo disso é Madonna, afinal, quando você ouve este nome, o que lhe vem à mente em primeiro lugar, música ou sexo? Às vezes, até esquecemos que ela canta. Sua sucessora natural, Britney Spears, aprendeu rápido que, por mais hipócrita e conservadora que seja a sociedade americana, o único meio de continuar no mercado era comercializando sua sexualidade. A bem da verdade, ela sempre soube disso, pois, desde os tempos em que bancava a colegial virgem, não havia inocência, a não ser para ser vendida a marmanjos doentios que, em suas fantasias mais obscuras, preferem menininhas a mulheres.
Mas nem sempre o sexo se sobrepôs à arte e se transformou em mercadoria. Não era para ser assim! Houve um tempo em que o sexo era apenas um modo de ser, uma forma de expressão, da arte. E esses tempos de Elvis e sua pélvis censurada não estão mortos.
Pelo menos não enquanto existir um rebolador chamado Michael Jackson. É fácil perceber o que há em comum entre esses dois mitos, não?
Quando estão atuando, o orgão sexual de cada um parece um centro de onde emana uma espécie de energia que alimenta o show e contagia o público, levando-o a um alto grau de excitação. É fácil perceber o envolvimento erótico de ambos com a música. Certamente, não teriam se tornado mitos sem este envolvimento que os difere de figuras mais insípidas como os Beatles, por exemplo, a quem faltou a mão negra.
O envolvimento de Elvis e Michael com a música é sexual, mas isto com tal naturalidade que o erotismo não impediu Elvis de se tornar um mito da família americana e não apenas dos jovens, sempre mais liberais. Quanto a Michael Jackson, a família sempre se divertiu com seus gestos “obscenos”. Michael se diz um escravo do ritmo para justificar os gestos, mas nem precisava, porque todos já compreendemos. A performance é um ato sexual entre ele e a música que envolve a todos, e, naquele momento, todos compreendem.




Não há o que censurar porque Michael sequer é um sex simbol. Ele não usa o sexo para prostituir a música, mas sim para fazer amor com ela. Na contramão de todas as outras estrelas, sua imagem aparece como assexuada para a maior parte do público, sendo que para uma grande parcela nada parece menos sexualmente atraente do que Michael… fora do palco! No palco, Michael nos leva de volta ao tempo em que brancos espiavam de fora as festas negras sem saber ao certo o que estava acontecendo durante a música.

Seria uma orgia?Mas depois que Elvis abriu a porta da festa, Michael nos convidou a entrar e sentir a música em sua plenitude, ou seja, até mesmo de um modo físico.
Agora você entende por que as garotas desmaiam durante concertos de Michael Jackson mesmo que ele não tenha a carinha de um vocalista de boy band, não é?Agora você entende por que mesmo os fãs heterossexuais do sexo masculino costumam confessar, ainda que embaraçados, que sentem a sensualidade que vem dele? 
Ou você vai dizer que nunca sentiu? Calma, não precisa se constranger, tudo que você sentiu foi a arte usando o corpo dele para tocar você da forma mais íntima. Relaxe e aproveite!